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Roma Lusitana

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À data da fundação do reino, o soberano prestou juramento de vassalagem à Santa Sé, oferecendo toda a terra portucalense e quatro onças de ouro anuais, em troca da protecção do papa.

Por altura dos Descobrimentos, os monarcas portugueses procuraram o apoio de Roma para a resolução de conflitos políticos e comerciais com os vizinhos castelhanos. Em 1514, D. Manuel I enviou uma extraordinária missão de obediência a Leão X, oferecendo-lhe, entre outras coisas, um elefante branco do Ceilão. O animal causou grande impacto na cidade onde, desde a Antiguidade, não eram observadas "feras" daquela dimensão. O elefante Anone viveu cerca de três anos nos jardins do Vaticano, tendo, com as suas habilidades, cativado o Papa e os artistas de Roma. O animal foi desenhado por Rafael e por Giulio Romano e inspirou uma das belas fontes da "Villa Madama", um palácio renascentista de que os Médicis dispunham nos arredores da cidade. A partir da segunda metade do século XVI e até ao século XIX, Roma será, para os portugueses, o principal apoio cultural da Europa. Artistas como Vieira Lusitano, Vieira Portuense e Domingos Sequeira serão bolsistas em Roma.

O que há de português em Roma? Vestígios da embaixada do elefante, as capelas de grande valor artístico onde estão sepultados alguns dos mais importantes cardeais portugueses, estátuas evocando santos relacionados com a história de Portugal, como S. Vicente e a rainha Santa Isabel.

E, principalmente, o Instituto de Santo António dos Portugueses, fundado em 1440 para dar apoio a peregrinos e doentes e que agora, cinco séculos depois, é uma das poucas instituições portuguesas que, em Itália, se preocupa em manter viva a ligação cultural e religiosa entre Lisboa e Roma.

 

 

 

 

Gênero: Documentário

Diretor: Teresa Catanho

Duração: 48 minutos

Ano de Lançamento: 2000

País de Origem: Portugal

Idioma do Áudio: Francês

Legendas: Português